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Janete Leige Lopes

Este trabalho é resultado de um estudo empírico realizado para a Economia Brasileira. Trata-se de um estudo que objetivou verificar se esta economia havia sido caracterizada, no período compreendido entre 1973 a 1996, pela existência de um padrão de rigidez à baixa em relação aos seus preços. Se isto fosse confirmado, então os postulados macroeconômicos expostos pela Teoria Novo-Keynesiana é que melhor explicariam a realidade brasileira. Para obter estes resultados utilizamos o modelo teórico apresentado por GORDON (1991) que nos permitiu estimar as três diferentes dimensões através das quais a rigidez de preços pode ser representada: de nível, de taxa de variação e de inércia. O período analisado apontou para presença da inércia, declarando portanto, que esta economia foi caracterizada por uma inflexibilidade na variação dos preços para baixo. Embora alguma flexibilidade tenha transparecido, é importante frisar que ela não foi perfeita, única condição que nos levaria a aceitar os argumentos defendidos pelos modelos market-clearing para explicar a Economia Brasileira. Contudo, a presença de alguma flexibilidade nos impede de distinguir entre as teorias Novo-Clássica e Novo-Keynesiana, porém, a presença da inércia nos preços nos permite com segurança rejeitar os princípios macroeconômicos Novo-Clássico e a afirmar que a realidade brasileira é melhor explicada pela escola de pensamento econômico Novo-Keynesiana