+

Daniel Nojima

Esta dissertação reapresenta o modelo pós-keynesiano de crescimento e distribuição procurando identificar a relação entre produto e crescimento de um lado, e distribuição de renda, de outro, nas principais etapas deste modelo. O trabalho mostra, então, as naturezas distintas desta relação em cada uma destas etapas. Entre outras questões, argumenta-se que a teoria pós-keynesiana em seu formato atual resgata uma característica fundamental da proposta de demanda efetiva – grau de uso da capacidade instalada cambiante – e recupera uma possibilidade analítica de interferência do consumo sobre o investimento, prevista mas negligenciada por Keynes e Kalecki, e a viabiliza no longo prazo. Além disso, na releitura em Kaldor e Steindl detecta-se um novo aspecto na relação crescimento versus distribuição, passível de ser incorporado à esta teoria pós-keynesiana.