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Karlin Saori Ishii

Este trabalho analisa questões pertinentes à escolha do regime cambial mais adequado, principalmente, para os países em desenvolvimento, frente ao ambiente de instabilidade econômica e financeira internacionais. Para tanto, apresenta-se os diversos regimes cambiais definidos pelo padrão de classificação do FMI e a discussão sobre o desaparecimento dos regimes intermediários, a partir da defesa das denominadas soluções de canto . Expõem-se vários trabalhos que relacionam regimes cambiais e desempenho macroeconômico. A partir dessa exposição, conclui-se que os regimes cambiais intermediários, apesar de serem muito utilizados devido ao temor à flutuação e a instabilidade do regime de taxas de câmbio fixas (convencionais), foram os que apresentam os piores desempenhos macroeconômicos. Na análise das denominadas soluções de canto , discute-se a dolarização como solução para os problemas cambiais de países latino-americanos, dado que, teoricamente, esse regime geraria menor instabilidade do que o de câmbio fixo tradicional. Aponta-se que a suposta estabilidade proveniente da dolarização seria derivada do fato de ela ser uma medida irrevogável e, portanto, não factível de ocorrer ataques especulativos. Para se avaliar a validade das conclusões teóricas favoráveis à dolarização é estudado o caso do Equador que é o maior país a passar pelo processo de dolarização. A conclusão é que a dolarização não é uma boa alternativa para países com grande instabilidade cambial de preços e nem para os países com preços e taxas de câmbio estáveis, pois os benefícios oriundos da dolarização parecem ser menores que os custos.