Kézia de Sousa Lucas
A dissertação apresenta um estudo sobre o impacto do salário mínimo sobre a taxa de desemprego no Brasil, que compreende o período dos anos 2000 a 2005. Como instrumento de análise é utilizado o método denominado “diferenças-em-diferenças”, com base nos dados disponíveis na Pesquisa Mensal de Emprego, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir da definição de dois “Grupos de Tratamento”, construídos com dados disponíveis para a região metropolitana do Rio de Janeiro e do Rio Grande de Sul e um “Grupo de Controle”, composto pelas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Salvador, Recife e São Paulo, estima-se o impacto do salário mínimo sobre o desemprego. Em geral, verifica-se que o salário mínimo não causa impacto sobre a taxa de desemprego. Porém encontra-se exceção nas mudanças salariais ocorridas no Rio de Janeiro, em janeiro de 2002 e janeiro de 2004, quando se verifica que um aumento do salário mínimo aumenta a taxa de desemprego. Além desse resultado, constata-se também que um aumento do salário mínimo reduziu a taxa de desemprego para os jovens entre 15 e 17 anos em janeiro de 2005.