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Diego Figueiredo Dias

O presente estudo teve por objetivo analisar a localização industrial paulista através do valor adicionado fiscal municipal para o ano de 2005 através da utilização de técnicas de econometria espacial. Ao utilizar tais técnicas, pretendeu-se verificar o comportamento de elementos espaciais, como a autocorrelação espacial e a heterogeneidade espacial. Em primeiro lugar, utilizou-se a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) para verificar a presença de autocorrelação espacial entre os municípios paulistas, considerando o VAF industrial 2005. Os resultados demonstraram a existência de autocorrelação espacial entre os municípios e que os maiores VAF’s encontram-se na Região de Ribeirão Preto, Região Metropolitana de Campinas (RMC), Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e a Região do Vale do Paraíba.  Com o intuito de verificar a existência de clusters utilizou-se o I de Moran local e percebeu-se a presença de dois clusters do tipo alto-alto, sendo um na região metropolitana de São Paulo e o outro na região de Campinas. Foi verificada também a presença de clusters do tipo baixo-baixo, o primeiro formado por municípios do Sudoeste paulista, a outra região se encontra no Oeste e Noroeste paulista que se caracterizam por forte presença da agricultura. Não foi possível estimar um modelo ideal para a localização industrial paulista, pois com a utilização dos dados disponíveis constatou-se fragilidade no que se diz respeito ao coeficiente de determinação das regressões.