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Alex Faverzani

Os altos níveis de desigualdade de renda no Brasil fazem com que, historicamente, se dificulte a busca por um melhor desenvolvimento social e econômico. Contudo, a partir da década de 1990, se inicia um processo de inversão, em que a desigualdade começa a ser reduzida, ao mesmo tempo em que políticas nos âmbitos econômicos e sociais são ampliadas para acelerar o desenvolvimento. Nas últimas décadas anteriores ao Plano Real, os índices de desigualdade de renda acabaram sofrendo os efeitos de um processo inflacionário que mitigava as esperanças e as condições das classes mais pobres em buscar melhores condições de existência. Desde o início do Plano Real ao início deste novo século, pode-se verificar um processo contínuo de redução dos níveis de desigualdade de renda, motivado pelo cenário econômico e por políticas de assistência aos mais necessitados, criando um ambiente onde os níveis de desigualdade, em 2012, alcançaram os menores níveis históricos. As políticas públicas de renda desenvolvidas durante todo o período de análise possuem diferentes características, visto que são empregadas por quatro governos distintos. Sendo assim, busca-se analisar se, e até que ponto, estas políticas são influenciadas pela teoria revolucionária desenvolvida por Keynes e/ou pelos pensadores oriundos do estudo de sua escola de pensamento. Também se faz necessária a análise comparativa para verificar em quais períodos houve uma maior redução na desigualdade de renda e social, para que se possa compreender a maneira pela qual as políticas devem ser efetivadas no caso brasileiro. Uma vez que a redução dos níveis de pobreza é um fator determinante para a melhoria social, a busca pelo desenvolvimento deve criar uma redução do número de pessoas pobres e criar uma nação com uma maior justiça distributiva, assim como previa toda a concepção teórica de Keynes. Com isto, serão analisados nesta pesquisa os indicadores de desenvolvimento, renda, pobreza e distribuição de renda, passando pelos investimentos do Estado com o objetivo de comparar de forma crítica as políticas de renda entre 1993 e 2012.