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Odirlei Fernando Dal Moro

A dinâmica da dívida externa brasileira, no período 1995/1998, foi importante para viabilizar o sucesso do Plano Real. Nos anos que se seguiram, o comportamento da dívida externa no sentido de fechamento do balanço de pagamentos não foi tão significativo, ainda que em alguns momentos tenha favorecido. Nesse sentido, foram desenvolvidas análises procurando mostrar o comportamento da dívida externa bruta e da dívida externa líquida, sempre contrapondo com os saldos do balanço de pagamentos. Já no período 2003/2010, a dívida externa caiu durante o primeiro mandato do Presidente Lula, mas retomou uma trajetória de alta no segundo mandato. No período 2007/2010, mesmo com a elevação da dívida externa bruta, o Brasil tornou-se credor em moeda estrangeira, pelo fato de as reservas internacionais terem expandido mais que a dívida externa bruta. No governo Dilma (2011-2012), a dívida externa bruta continuou crescendo juntamente com o crédito brasileiro no exterior. O país viveu e continua vivendo, portanto, uma fase favorável do ponto de vista externo, ainda que a qualidade das reservas internacionais e os riscos associados sejam pontos de observação. Para tais propósitos, foram utilizadas tabelas comparativas envolvendo a dívida externa brasileira, Produto Interno Bruto, resultados das contas externas e alguns indicadores de vulnerabilidade externa.