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Diogo José Dalpoz Martins

Os investimentos em inovação são catalisadores para o desenvolvimento de novas tecnologias, e são um grande responsável pelo crescimento da produtividade e da receita das empresas. Através da utilização de uma pesquisa em nível de firmas, este trabalho procura analisar a diferença na capacidade inovadora entre as empresas multinacionais e nacionais, além de avaliar as diferentes características das empresas que podem afetar o desempenho inovativo das mesmas. O estudo utiliza os procedimentos Probit e Logit (Odds Ratio) para verificar a probabilidade de inovar das empresas multinacionais e nacionais. Adicionalmente, apresenta-se uma nova variável para captar os investimentos em inovação, através da utilização de uma proxy, representada pela variável “Uso de tecnologias licenciadas de uma companhia estrangeira”. Foram realizadas análises de outras características particulares de cada empresa que podem afetar os investimentos em inovação, tanto das multinacionais quanto das nacionais. Os resultados mostraram que as empresas com 10% ou mais de seu capital formado por capital estrangeiro são mais propensas a investir em inovação se comparadas com as empresas puramente nacionais. Quanto às demais variáveis analisadas destacam-se o uso de insumos importados e o fornecimento de treinamento para os trabalhadores, que afetam positivamente a probabilidade das empresas inovarem. As variáveis de capital humano e exportação não se apresentaram como determinantes. E as variáveis tamanho e idade, apesar de serem estatisticamente significantes, são muito próximas da unidade, ou seja, praticamente não afetam os gastos com inovação. Em suma, os resultados sugerem que a integração internacional da economia brasileira pode contribuir para ampliar a inovação nos diversos setores.