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Rafael Montanari Durlo

Em conformidade com a teoria de Keynes e Kalecki, os investimentos públicos devem ser estimulados por terem os mesmos efeitos dos investimentos privados, contribuindo de maneira direta para a evolução do produto das economias capitalistas. No Brasil, esta afirmação se traduz na destinação de recursos para os investimentos federais, através dos orçamentos componentes do orçamento federal. A alocação de receitas para inversões aumentou consideravelmente no período para os qual os dados estão disponíveis, de 2003 a 2013. A dinâmica deste aumento esteve muito atrelada ao ambiente político e à conjuntura econômica. Ao longo dos onze anos estudados, o investimento público federal deixou de ser coadjuvante nas despesas primárias do governo central para assumir papel principal no crescimento, principalmente quando o país foi atingido pela crise financeira internacional, no fim de 2008 e início de 2009. A alteração de ministro da fazenda, em 2006, representou uma mudança ideológica na condução da gestão fiscal, que foi pano de fundo para o crescimento das inversões federais em proporção do PIB. Contudo, as constantes reduções na taxa de crescimento do investimento público, no fim do período, colocaram em dúvida a continuidade desta política. São necessários novos dados e tempo para que novas conclusões sejam apresentadas. A metodologia utilizada no desenvolvimento da pesquisa foi revisão bibliográfica por artigos, revistas e jornais especializados, além da pesquisa documental de documentos oficiais, análise quantitativa e qualitativa dos dados e a análise gráfica descritiva.