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Vinicius Borba da Costa

Esta dissertação analisa a relação entre política econômica, integração financeira e crescimento econômico nos países emergentes entre 1990 e 2011. Para alcançar o objetivo proposto, sua estrutura é organizada em três partes. Na primeira, expõe-se o debate teórico e empírico acerca das implicações da liberalização financeira para as economias, sendo os efeitos positivos apontados pelos autores neoclássicos e a análise crítica desenvolvida pelos autores keynesianos, que também apresentam propostas para um crescimento estável, baseado na estabilidade do câmbio subvalorizado, no acumulo de reservas e no uso de controle de capitais. Após essa discussão, desenvolve-se na segunda parte do trabalho, uma análise histórica a partir de indicadores de integração financeira, dos fluxos de capitais e dos padrões de integração de três grupos regionais de países emergentes selecionados da Ásia, América Latina e Europa. A análise conclui que o modelo que gerou melhor performance foi o padrão de integração asiático, caracterizado por cooperação regional produtiva, conversibilidade restrita da conta capital, superávits na conta corrente e câmbio subvalorizado. A última parte apresenta a análise empírica, realizada mediante a estimativa de um modelo dinâmico para dados em painel, que investiga a relação econométrica entre crescimento econômicos e integração financeira. Os resultados encontrados são contrários à teoria neoclássica de que há uma relação positiva entre essas variáveis. Para os dados analisados, o aumento da integração financeira em termos do PIB e do comércio teve impactos negativos e significantes sobre o crescimento econômicos nas três regiões, atestando que a integração foi prejudicial ao crescimento econômico dessas economias no período analisado.