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André Gaino Bittencourt Brando

De acordo com as teorias estruturalistas/pós-keynesianas de crescimento e desenvolvimento econômico, a estrutura produtiva bem como a forma como se dá a inserção externa da economia nacional determinará a capacidade de crescimento econômico dos países. A indústria, devido aos retornos crescentes de escala e ao maior progresso tecnológico, seria o principal indutor de crescimento econômico. A teoria estruturalista afirma que o comércio exterior acabaria sendo menos favorável para países produtores de produtos básicos devido à deterioração dos seus termos de troca.A Lei de Thirlwall afirma que a capacidade de crescimento de longo-prazo de uma economia nacional é dada pela relação entre a taxa de crescimento das exportações e a elasticidade-renda das importações. Dado o grande aumento da participação de commodities e produtos básicos na pauta de exportação brasileira nas últimas décadas, bem como a desaceleração econômica nos últimos anos e dificuldades em manter taxas de crescimento razoavelmente altas por longos períodos, investiga-se se há uma relação entre a especialização regressiva, ou seja, a “primarização” da pauta exportadora nacional e o baixo desempenho em termos de crescimento econômico. São estimadas através de VEC as elasticidades renda e preço da economia brasileira, tanto para o agregado das exportações e importações, como desagregando em setores segundo a intensidade econômica, afim de observar se a especialização regressiva tem representado um aumento na restrição externa ao crescimento do país. Os resultados indicam que os termos de troca são significativos no período, bem como a elasticidade-renda das importações é maior do que das exportações.As elasticidade renda e preço por fator tecnológico não parecem aumentar de acordo com o fator.