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João Paulo Carniato Genta

As criptomoedas receberam grande destaque nos últimos anos, com o Bitcoin sendo a moeda mais relevante deste mercado. Porém, ele também tem enfrentado diversos desafios para se estabelecer como um meio de pagamento amplamente utilizado. Nesse contexto, o presente trabalho procura examinar a partir de perspectivas histórica, computacional, estatística e social, se o Bitcoin ou as demais moedas, podem se tornar  a próxima evolução do dinheiro. A hipótese levantada é de que as moedas virtuais podem assumir o papel de próximo representante do dinheiro. Para tal, empregou-se a pesquisa bibliográfica e o método de análise de sobrevivência para análise dos dados utilizados. Assim, a partir do estudo realizado, concluiu-se que as criptomoedas aparentam ser uma evolução natural do dinheiro quando examinado do ponto de vista de sua evolução no tempo. Ademais, a análise de seu sistema de funcionamento aparenta ser suficientemente sólido para desempenhar essa mudança. No entanto, os resultados estatísticos obtidos apontaram um viés especulativo crescente no preço do Bitcoin, que, em conjunto com a teoria do Moneycentrismo, destacaram a responsabilidade social no processo de subversão do propósito inicial da criptomoeda ser um meio de pagamento confiável e eficiente. Logo, enquanto essa interferência não for remediada, é pouco provável que as moedas virtuais se estabeleçam como uma nova evolução do dinheiro.