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Alexandre Nogueira Mugnaini Junior

O objetivo desse trabalho é discutir as mudanças no perfil do consumidor brasileiro de 2002 até 2017, além de analisar a desigualdade na distribuição de renda, renda disponível e dos gastos de consumo. Para alcançar esses objetivos, foram analisadas as distribuições da renda e dos gastos de consumo e decomposição dos índices de Gini, Mehran e Piesch sobre os dados da POF de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018. Verificou-se que os consumidores mais pobres conseguiram diversificar melhor seus gastos no período devido ao aumento da renda e à inclusão social. A renda apresentou maior redução da desigualdade de 2002 até 2008 e o gasto em consumo apresentou maior redução na desigualdade de 2008 até 2017. De 2002 até 2008, a despesa em saúde foi o gasto que mais contribuiu para a redução da desigualdade na distribuição do consumo e as despesas com transporte privado, aluguel e serviços e taxas, que inclui serviços como água, esgoto, energia elétrica, internet e TV, foram as despesas que mais contribuíram para a redução da desigualdade no consumo de 2008 até 2017. Essas evidencias sugerem que políticas públicas, como o PMCMV, valoração do salário mínimo e o Bolsa Família, foram fundamentais para a redução da desigualdade na distribuição da renda e do consumo.