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George Lucas Máximo Ferreira

A agricultura desempenha importante papel no crescimento econômico brasileiro. Uma parcela significativa da produção agrícola provém do plantio de grãos como a soja e o milho. Esses cultivares apresentam características fenológicas de dependência hídrica e sensibilidade ao calor, ou seja, são termogênicas e sensíveis as variações climáticas. Partindo do pressuposto que clima afeta a variação dos preços da soja e do milho é pretendido avaliar individualmente a relação entre esses preços e os potenciais impactos que isso ocasiona no gerenciamento de risco de preços. As praças de comercialização de Passo Fundo (RS), Cascavel (PR), Maringá (PR), Uberlândia (Triângulo Mineiro) e Sorriso (MT) abrangidas no estudo foram escolhidas de acordo com a classificação edafoclimática do MAPA e por meio das maiores microrregiões produtoras de grãos do país. Foram incluídas na metodologia o método de preenchimento de falhas de variáveis meteorológicas de Tabony (1983), para a estimação das regressões foi aplicado o Método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO) e finalmente para a estimação da efetividade e a razão ótima de hedge utilizou-se o modelo de Myers e Thompson (1989) adaptado por Lien e Tse (2000) para incluir na análise a abordagem de cointegração. Os achados da pesquisa foram que o clima por meio da proxy ENOS afeta as estratégias de hedge. Isso posto, as praças comercializadoras que apresentaram os melhores resultados de efetividade comparado foram, Passo Fundo (RS) hedgeando uma posição do mercado à vista do milho com contratos de milho B3 e Maringá (PR) assumindo uma estratégia de hedge sob os preços à vista da soja com contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago.