Rodrigo Monteiro da Silva
O crescimento econômico pode ser considerado um dos grandes responsáveis pelas transformações que ocorreram no mundo nos últimos séculos, motivo este que o tem feito tema de recorrentes análises entre diversos pesquisadores, de várias áreas do conhecimento, tanto no campo teórico como no empírico. Tal notoriedade se deve ao fato de que o crescimento econômico traz consigo uma diversidade de mudanças para uma região, aumentando a renda de sua população, sua produção e produtividade, dinamiza seu mercado interno, amplia as possibilidades de relações comercias externas e, direta e indiretamente, conduz à redução da pobreza. Por esse motivo, dado a relevância que tal processo exerce sobre a capacidade de enriquecimento de uma região, não são poucas as tentativas, por parte de teóricos econômicos das mais diversas vertentes, em estudá-lo com o propósito de compreender como um país pode alcançá-lo e quais fatores o influencia. Dessa forma, com o objetivo de realizar uma análise que propicie um olhar amplo nesse campo teórico, a presente pesquisa procurou avaliar quais os fatores que impactaram o crescimento econômico dos municípios paranaenses, representado por seus PIB’s per capita, no período de 2006 a 2016. Tal análise é de grande importância pois, ao se compreender quais de fato foram tais variáveis, elas podem ser usadas pelos gestores públicos para alocar de modo mais eficiente os recursos no estado. Os resultados obtidos por meio dos métodos empregados, stepwise, modelos de regressão espacial, GWR e painel espacial indicaram um certo padrão nos determinantes do crescimento, bem como dependência espacial nos dados. O comportamentos das variáveis IFDM educação, número de agências bancárias, VAB’s do setor Agrícola e Industrial foi de acordo com esperado, considerando as teorias econômicas analisadas, afetando positivamente o PIB per capita municipal. Outras, como VAB do Comércio e Serviços, consumo de energia da indústria ou tiveram efeito negativo ou não foram estatisticamente significativas. Destaca-se que, ao se subdividir o período para 2006 2010 e 2016, os efeitos não eram os mesmos para todos os municípios entre esses anos, com variáveis que ganharam ou perderam poder de explicação, caso do consumo de energia e abastecimento de água das famílias, VAB da administração pública, consumo de energia industrial e densidade demográfica, no entanto, para o painel espacial, os efeitos encontrados foram de acordo com as teorias analisadas, principalmente para variáveis de educação, capital fixo e capital financeiro.