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Maria Luzia Lomba de Sousa

Esta Tese consistiu em analisar o uso dos recursos hídricos e as condições socioeconômicas atuais dos municípios selecionados das bacias hidrográficas do Pirapó (Arapongas, Colorado, Maringá e Paranacity), Paranapanema III (Bela Vista do Paraíso, Cambé e Miraselva) e Paranapanema IV (Alto Paraná, Paranavaí e Terra Rica). Entende-se que as condições socioeconômicas da população residente nestas áreas se refletem no uso e na poluição dos recursos hídricos da região. Metodologicamente, trata-se de uma abordagem empírica, e compreendeu a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo com aplicação de questionário com questões fechadas, para a população nos municípios selecionados, nos meses de Julho a Outubro de 2013. Os resultados da pesquisa permitiram as seguintes conclusões: a área de estudo possui abundância de recursos hídricos e os entrevistados têm preocupação com os problemas de erosão e compactação do solo; desmatamento beira rios e assoreamento dos rios; disposição inadequada do lixo; rios poluídos por esgotos doméstico e industrial. Na área urbana todas as famílias entrevistadas dispõem de luz elétrica, água encanada, limpeza das vias públicas; em sua maioria, a rede de esgoto está disponível. Na área rural constatou-se índice significativo de utilização de poços, sem rede de esgoto, entretanto, estão disponíveis a fossa séptica, a limpeza das vias públicas e em sua maioria, os entrevistados separam o lixo. Por outro lado, não há recuperação de mata ciliar nas propriedades de 1 a 5 hectares, e prevalecem as práticas nas propriedades rurais de plantio direto, rotação de culturas, adubação química, adubação orgânica, queimada, o uso de sementes transgênicas e manejo integrado. O desafio está em contribuir para a qualidade de vida dos residentes, uma maior participação dos cidadãos na gestão de políticas para um avanço na economia, preservação do meio ambiente e conservação do ecossistema nas bacias hidrográficas do Pirapó e do Paranapanema III e IV. Da mesma forma, salienta-se que não basta o cumprimento de Leis e Decretos para garantir a sustentabilidade, mas sim maiores esforços devem ser direcionados no que se refere à disseminação das informações da atual situação das bacias hidrográficas estudadas. Assim, a população urbana e rural local saberá como cooperar nas atividades econômicas, preservando o meio ambiente e a sustentabilidade das águas nas bacias.