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Odirlei Fernando Dal Moro

A presente tese procurou responder como a Teoria dos Jogos poderia explicar a relação entre os partidos políticos e os financiadores de campanhas no regime democrático brasileiro na fase 2014/2018. O tema justifica-se, dentre outros pontos, pelo fato de que as doações de campanhas eleitorais, geralmente objetivam retornos posteriores maiores e que são pagos pela sociedade por meio da prática corrupta dos partidos e dos financiadores de campanhas. Assim, o objetivo geral do trabalho foi expor as possíveis recompensas dos jogadores envolvidos, no caso os partidos e os financiadores de campanhas. Do ponto de vista dos objetivos específicos, realizou-se um resgate histórico, tanto da Teoria dos Jogos quanto dos trabalhos que foram publicados a respeito da relação entre os partidos e os financiadores de campanhas. As hipóteses levantadas foram as de que os partidos e os financiadores de campanhas, enquanto jogadores, estabeleciam jogos cooperativos quando havia um alinhamento ideológico, capital político, uma intenção em colaborar entre eles e probabilidades de êxito nas eleições. Ademais, apresentou-se uma análise dos gastos para as campanhas à deputado federal na eleição de 2014. Uma metodologia de análise foi criada e por meio dela os resultados foram apresentados, os quais apontaram que os financiadores de campanhas obtém a melhor recompensa quando investem em partidos vencedores e quando não apoiam partidos perdedores. Entretanto, estratégias mistas são adotadas em regimes multipartidaristas. Além disso, o elevado montante de recursos investidos em uma campanha ampliam as recompensas dos partidos, considerada neste trabalho como sendo o Fundo Partidário, na medida em que mais votos para a eleição de deputados federais são conquistados.