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Raoni Felipe de Almeida André

O trabalho refere-se a um estudo empírico sobre a influência da Cadeia Global de Valor nas emissões de dióxido de carbono (CO2) e na criação de valor adicionado (VA) no estado do Paraná. Como período de pesquisa desse tema, optou-se pelo ano de 2013 em decorrência da disponibilidade dos dados para estimação da matriz insumo-produto Brasil-mundo no início do trabalho, utilizada como ferramenta de análise. Diante disso, a pesquisa teve como objetivo verificar a criação de VA do estado do Paraná e as emissões de CO2 geradas pela queima de combustíveis fósseis, considerando o comércio com os demais estados brasileiros, China, EUA, Argentina, Alemanha, Holanda, OCDE, BRICS e agregado dos países da América Latina e Oriente Médio. Constatou-se que a estrutura produtiva do Paraná está mais conectada com os estados do Sul e Sudeste brasileiro, principalmente o estado de São Paulo, o qual gerou por volta de 3,28 milhões de toneladas de CO2 e cerca de 15.550 milhões de dólares de VA na estrutura produtiva do Paraná para atender sua demanda de consumo intermediário. No que diz respeito ao comércio internacional, a China é o país que mais gerou VA e CO2 na economia paranaense para atender seu consumo intermediário, representando, respectivamente, cerca de 3.047 milhões de dólares e 0,57 milhões de toneladas incorporadas nas exportações paranaenses. O setor agropecuário se destacou por ser a atividade que mais gerou VA na produção do Paraná destinada a comercialização com o estado de São Paulo e a exportação para China, representando, respectivamente, em torno de 3.596 e 2.406 milhões de dólares. Por fim, do CO2 emitido na produção paranaense destinada ao consumo final dos estados brasileiros, o estado de São Paulo novamente foi o principal, gerando por volta de 2.978 mil toneladas do poluente. Em relação ao comércio internacional, o destaque foi o bloco econômico da OCDE, que gerou cerca de 1.113 mil toneladas de CO2 na economia do Paraná para atender sua demanda final.