Leonardo José Oliveira e Silva Rosalem

A evolução dos padrões de longevidade desafia a sociedade a lidar com uma população cada vez mais envelhecida, exigindo uma abordagem holística que integre diversas áreas do conhecimento. O envelhecimento saudável surge como um paradigma essencial, promovendo não apenas a longevidade, mas também a qualidade de vida e a autonomia dos idosos. Esse processo é influenciado por fatores sociais, econômicos e ambientais acumulados ao longo da vida. No Brasil, a transição demográfica é evidente, com um aumento significativo da população idosa, refletindo desafios para políticas públicas. Dados do Censo de 2022 mostram que a população com 65 anos ou mais cresceu 57,4% desde 2010, e o índice de envelhecimento atingiu 55,2. Além disso, há desafios estruturais, como a falta de infraestrutura adequada e o aumento da violência contra idosos. A tese aborda três dimensões do envelhecimento saudável: a percepção de discriminação contra idosos, vulnerabilidades socioeconômicas (segurança pública, financeira, acesso à saúde e suporte social) e a decisão de aposentadoria e permanência no mercado de trabalho. Esses ensaios visam contribuir para políticas públicas que garantam melhor qualidade de vida à população idosa no Brasil.