Emerson Guzzi Zuan Esteves
Considerando as alterações climáticas sofridas pelo mundo e o conceito de sustentabilidade, o objetivo desta tese é realizar a decomposição estrutural do uso da Energia Renovável, Energia Não Renovável e da Emissão de CO2 no período de 1995 a 2009 por nível de IDH, utilizando Análise de Insumo-Produto e Structural Decomposition Analysis (SDA), método estatístico comparativo que determina as forças motrizes nas mudanças históricas em indicadores econômicos, energéticos, ambientais, sociais, para avaliar a influência dos diferentes efeitos sobre essas mudanças (variáveis). Os dados foram obtidos da World Input-Output Database - WIOD com tabelas de insumo-produto de 40 países (27 países da União Europeia e outros 13 países selecionados) acrescidas do restante do mundo. Estes países foram divididos, conforme o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), em: Muito Alto (31), Alto (7) e Médio (2). Posto isto, destaca-se que o Efeito Total é composto por Efeito Intensidade (causado por variação no nível do uso de um indicador por unidade da produção total), o Efeito Tecnológico (causado por variação na estrutura dos insumos intermediários na economia), Efeito da Demanda Final (causado por variação na estrutura da Demanda Final) e Efeito Atividade (causado por variação na produção total). Os resultados obtidos mostram que, no caso das Emissões de CO2, os países com IDH Alto e Médio foram os maiores emissores. Também no uso da Energia Não Renovável, os países com IDH Alto e Médio foram os maiores consumidores. Ainda, diferente do esperado para a Energia Renovável, não foram os países com IDH Muito Alto os maiores consumidores, mas os países com IDH Alto e Médio. O estudo é inovador, pois mostra a dinâmica de comportamento das Energias Renovável e Não Renovável por nível de desenvolvimento humano, o que pode influenciar políticas e acordos internacionais com a adoção de metas de consumo das energias